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Mostrando postagens de junho, 2020

Se eu morresse amanhã

Se eu morresse amanhã, viria ao menos Fechar meus olhos minha triste irmã; Minha mãe de saudades morreria Se eu morresse amanhã! Quanta glória pressinto em meu futuro! Que aurora de porvir e que manhã! Eu perdera chorando essas coroas Se eu morresse amanhã! Que sol! que céu azul! que dove n'alva Acorda a natureza mais loucã! Não me batera tanto amor no peito Se eu morresse amanhã! Mas essa dor da vida que devora A ânsia de glória, o dolorido afã... A dor no peito emudecera ao menos Se eu morresse amanhã!  (Álvares de Azevedo)

Se for meu fim... enfim.

Estou com dores fortes no peito. Aí vem o pensamento: e se for meu fim? Talvez seja. Afinal, não sou o cara mais saudável do mundo. Mas, de forma bem interessante, não estou com medo. Tenho medo de outras coisas, não da morte. Tenho medo da falência, da inutilidade, do esquecimento. Mas da morte não. Estou neste momento pensando que não tenho arrependimentos. Tenho amores. Três pessoas em especial (me perdoem as demais): - Rai: minha esposa, companheira, parceira, minha paixão, minha força. - Gabriela: minha filha, igual a mim em muitos aspectos (talvez seja ruim pra ela), mas uma pessoa doce, grande garota, grande mulher, focada nos seus objetivos. - Samuel: meu filho, o cara, inteligente, parecido com a mãe, e isso é bom pra ele, disciplinado, focado, mas é 'discretamente' ácido (bom pra ele, isso afasta gente ruim). A ordem acima por data de aparecimento na minha vida. Eu teria dificuldade em escolher qualquer um deles. Aos demais, tenho uma lista pequena (bem peq...