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Vida nordestina

Hoje faço uma homenagem aos meus sogros ('Seu' Adelson, 'Dona' Zenilda), pessoas que merecem meu respeito, e servem de exemplo para mim e meus filhos.

Vivem em Curitiba, mas continuam com o espírito nordestino...

A vida não é de festa
Para o povo do sertão
Mas até quem não tem empresta
Dá a mão
A vida é mais dolorida
Pra esse povo sofredor
Mesmo assim só se vê perdida
De amor
Até o lar onde falta o pão
Tem lá seus dias de alegria
Ao abrigar uma novena
Pra fazer oração
A fé do povo é o que há de seu
Sem ela tudo vai ser pior
Nem roça, nem gado
Existem sem Deus
Mas quando é dia de festa
Todo povo do sertão
Dança para aparar as arestas
Do coração
As moças já tão bonitas
Ficam lindas como quê
E o homem nem acredita
No que vê
Vestindo igreja e palácio
Coroa e catedral
Para o reisado se dançar
Chegança e pastoril
Se dança pelo Natal
Dia de reis é o final
Coco de roda e toré
Orgulho da região
Que agradava a Lampião
Guerreiro e maracatu
Quadrilha e bumba-meu-boi
E só saudade
Depois

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